quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Redação de Português!

(Erickson carvalho)

Certa vez, uma professora de português do ensino médio de uma escola estadual paulista fez o seguinte comentário: “espero que a sociedade consiga fazer a “peneiragem”, que escola não pode fazer”, e depois deu inicio a sua aula. Uma aula normal como qualquer outra, que por tradição se esperava que fosse lecionada com muita categoria, mas que naquele dia, foi terrivelmente redundante.

Pra ela talvez, aquele simples comentário não tenha feito diferença alguma, ou se quer tenha dado tanta atenção ao que disse, mas naquela sala algo havia mudado, pois alguns alunos começaram a fazer a seguintes indagações: “Será mesmo que o que ela disse esta certo?”, “Se não tive jeito na escola, será que algum dia, terei concerto?”, “será que sou o culpado de tudo isso?”, e foi seguindo essas indagações que eu construí a minha linha de raciocínio em relação a tal afirmação da professora.
O que consegui entender de tudo isso simplesmente foi que nós somos os vilões os prejudicados, mas nunca os mocinhos dessa história chamado ensino publico. Somos nós que sofremos com a decadência de nossos professores, e com a nossa própria decadência, entendi que se nós sempre somos margens da sociedade, é porque nós queremos, e não porque fomos criados assim, e acima de tudo entendi com essa afirmação tão cruel dada no inicio daquela fatídica aula, que tudo não passa de um grande “tanto faz”.
O que eu vivi e o que eu passei durante 11 anos como secundarista, eu vou passar em dobro como mão de obra barata, e mais uma vez , serei margem da sociedade, Afinal completar ou não completar o ensino médio, é a mesma coisa que trocar ou não 6 por meia dúzia.
E é por ouvir comentários como esses de professores, que cada vez mais acredito na importância da luta do estudante, de como é crucial que a gente continue se organizando e derrubando um leão por dia pra mostra pra todo mundo que o estudante secundarista, tem sim voz ativa. E dia após dia, lutar por uma educação de qualidade, lutar por uma escola publica onde o estudante entra pra crescer, e não virar mais estatística, lutar por 10% do PIB e 50% do fundo social do pré-sal para que tenhamos mais investimento publico na educação. E é por essas e outra que eu tenho o orgulho de dizer, que eu sou militante da união paulista dos estudantes secundaristas, a entidade estudantil que a mais de 60 anos defende os interesses do estudante paulista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente nosso post!