quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PARALISAÇÃO DO IFSP - CAMPUS SERTÃOZINHO

Os professores e os alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - campus Sertãozinho - iniciou a tarde desta terça-feira (07) em protesto, ambos se recusaram, de maneira democrática, a entrar nas salas de aula.

O momento serviu de oportunidade para que os alunos e professores pudessem discutir as temáticas que envolvem as insatisfações do corpo docente da Rede Federal de ensino, o que relaciona as irregularidades que o governo federal tem adotado para com os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e consequentemente medidas que afetam o aprendizado dos alunos. Por ventura, aproveitando o espaço de calorosa discussão política, representantes da União dos Estudantes Secundaristas de Sertãozinho (UESSERT) coordenaram a eleição dos novos representantes do grêmio estudantil, cuja entidade serve como ferramenta de luta imprescindível do corpo discente em apoio ao docente.

O motivo para que tal paralisação ocorresse provém de longa data, desde a greve passada, cujas pautas não foram atendidas pela reitoria do IFSP, a qual atua de maneira autoritária desrespeitando as competências daqueles que legitimamente foram eleitos para representarem os seguimentos envolvidos no IFSP (Docentes, discentes e técnico administrativos).

Um dos itens da pauta que mais chama a atenção é o novo DECRETO da PROGRESSÃO DI, DII e DIII, na qual prevê que um docente que possua o título de especialista, por exemplo, e consiga o de mestre e está em DI, não progredirá imediatamente para DII, e um mestre que se torne doutor não irá
para DIII como ocorria no passado.

Houve uma alteração para com os decretos e as novas carreiras dos IF's. O que acontece é que o docente apenas recebe uma gratificação, porém, caso a progressão ocorresse como no passado, alguns docentes receberiam uma boa diferença em seus salários.

O novo decreto orienta utilizar o decreto anterior até sua regulamentação, porém a regulamentação não ocorreu, mas mesmo assim nossos dirigentes insistem em utilizá-lo.

As consequências de tal fato, podem ser mensuradas como se seguem: a insatisfação salarial provoca um desestímulo ao docente, o que influi de maneira negativa no ato de suas funções e responsabilidades. A queda na concorrência dos concursos públicos para preenchimento de vagas para docência, haja vista que candidatos mais experientes acabam fazendo concurso para outras instituições, como Universidades por exemplo, pois estas oferecem melhores perspectivas salariais e planos de carreira, o que provoca a admissão de profissionais, por parte do Instituto Federal, com titulação ou experiência inferior. Além disso, perdas de professores de alto nível para outras instituições já vêm acontecendo, gerando um sucateamento do ensino.


POR: GRÊMIO ESTUDANTIL LIVRE 'OLGA BENÁRIO'

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